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Chapter 66: Capítulo 65



Chapter 66: Capítulo 65

Últimos capítulos.

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2 meses depois.

— Óbvio que ele está chorando, toda vez que ele chora vem uma loira feia pegar ele no colo — Alex

pegou ben do carrinho — calma, dindinho está aqui — o balançou.

Dois meses haviam de passado, as coisas estavam maravilhosas e eu estava cada dia melhor. As

marcas das surras que havia levado estavam sumindo, umas já tinha até desaparecido e aos poucos

meu corpo ia voltando ao normal. Psicologicamente eu me recuperava lentamente, eu tinha levado

porradas seguidas da vida e era um processo longo digerir tudo.

Eu estava no caminho certo, mantia meu pensamento em coisas boas, ocupava minha mente na

maior parte com Ben e Diego e estava cercada de pessoas que me faziam bem e me davam forças

para isso.

Eu tinha os melhores ao meu lado.

Assim que eu recebi alta, três semanas depois o Ben também recebeu, até festa de boas vindas ele

teve, Alex invadiu a casa de Diego e organizou tudo e encheu apartamento de bola com gás hélio.

Era bola por todo canto e os mais engraçado foi no final de tudo, Diego fazendo Alex ir embora com as

mil e quinhentas bolas que ele tinha arranjado. Algumas delas escaparam na mão no mesmo e da

sacada vimos a mesma subindo.

Eles eram uma graça.

Falando na peste, todo dia Alex vinha ver o Ben e junto com ele vinha Gabriel e Victor. E para

completar, nos dias de folga faziam questão de passar o dia todo enchendo meu saco e mimando o

Benjamim.

Diego durante o tempo que fiquei internada, tinha preparado tudo para o bebê, tinha feito um quarto

lindo para o Ben em seu apartamento juntamente com Lya, ela havia o ajudado também. Eu tinha

aceitado o convite de morar com Diego, de fato era mais seguro tanto pra mim quanto para o

Benjamin.

Eu e ele estávamos tendo uma vida junta, não rotulamos nada entre nós mas éramos consciente do

sentimento que tínhamos um pelo outro e estava ótimo. No colégio, assim que eu voltei foram

semanas de fofocas, todo mundo sabia do que tinha acontecido e eu sabia que era inevitável as

pessoas não falarem sobre.

Ignorei tudo e todos, até porque, ninguém tinha nada a ver com a minha vida e a única coisa que mais

me importava agora era meu filho e nada mais.

Depois que o Benjamin nasceu, eu não fui mais ao colégio por conta do período de amamentação

porém estudava em casa e fazia as provas normalmente. Como a diretora gostava muito de mim, me

deu essa ajudinha para que eu não perdesse o ano.

Ou porque ela não queria ver minha cara novamente ano que vem, mas de qualquer forma estava de

bom tamanho.

Mariah tinha surtado de vez depois da morte do Gael, não a vi mais depois que retornei ao colégio,

pelo boatos ela tinha ido para o internado em Santa Catarina e apesar de tudo, desejava que ela

ficasse bem e que a morte de Gael fez bem não só a mim mas iria fazer a ela também.

Não que eu vibrasse pela sua morte mas não tê-lo mas em minha vida era aliviante.

Ainda sobre ele, depois que eu sai do hospital dei alguns depoimentos, Hélio e Paulo, que eram os

dois capangas do Gael no sequestro foram a julgamento e graças a Deus foram presos. Não fiz a

mínima questão de ir ao enterro de Gael, o colégio todo se comoveu mas só eu sabia o mal que ele

tinha me feito e mais ninguém.

Sobre Gabriel, eu o perdoei, uns dias depois de eu ter recebido alta ele veio até a casa de Diego e nós

conversamos. Eu estava iniciando uma nova etapa da minha vida, não queria ter ódio ou rancor de

ninguém então o passado ficou no passado. Não esqueceria o que ele tinha feito jamais mas não iria

cultivar isso durante minha vida, ele era meu irmão, adorava o Ben e eu o amava.

O perdão não muda o passado, mas engrandece o futuro.

E hoje era meu dia, meu aniversário e mesmo eu dizendo a semana inteiro que não queria nada, Alex,

Lya e Diego armaram uma festa para mim. Foi uma coisa simples, apenas um churrasquinho na área

de lazer do prédio de Diego com uma mesa com o bolo e docinhos que as meninas tinham trago.

— Já pode dizer que você é oficialmente desempregada? — Victor bebericou sua cerveja.

— Eu trabalho — bufei — estou de licença maternidade, tá bom? Respeite — pisquei.

— Presa já pode, não é? — assentimos — graças a Deus, espero que a polícia te leve logo por esse

crime que você comete todos os dias.

— Que crime? — franzi a testa.

— Ser feia — dei o dedo médio para Alex.

— Concordo — dei o dedo médio para a Lya também que me mandou um beijo no ar.

Passamos a tarde e a noite inteira fazendo churrasco e na beira da piscina. Lá para as dez horas o

pessoal foi embora, eu estava cansada, vida de mãe realmente não era fácil e eu mal tinha pique pra

virar o dia em resenhas como antigamente. Era engraçado como a vida era, se fosse meses atrás eu

iria dar maior festa e encher a cara para comemorar meus dezoito anos. Agora uma simples

comemoração me basta, sem tumulto, sem festival de bebidas, apenas com as pessoas que eu amo e

nada mais.

Coloquei o Ben pra dormir, suspirei aliviada, esses dias ele estava enjoado demais e custava a dormir.

Sai do quarto do mesmo amarrando o cabelo num coque, tinha tomado um banho relaxante e agora o

que me restava era responder as felicitações na internet e comer os docinhos que sobraram. Respondi

algumas das milhares de mensagens que eu havia recebido, deixei o celular na mesinha de centro e

fui beber água.

— Vamos ver um filme? — Diego se jogou no sofá. Tinha acabado de sair do banho, seu cabelo

estava molhado.

— Vamos — assenti. Lavei o copo e coloquei o mesmo no secador.

Como o de sempre discutimos sobre qual filme iríamos ver, nossos gostos não batia de jeito algum

mas no final sempre achávamos algum filme que agradasse ambos. Meu sono tinha ido embora em

questão de segundos, eu e Diego maratonamos a Netflix, ficamos até quase de madrugada vendo

filmes.

Uma hora da manhã nós fomos dormir, antes de ir para o quarto passei no quarto do Ben para checar,

ele dormia tranquilamente feito um anjinho e vendo seu rostinho eu sentia paz, ele me trazia uma

calmaria imensa e eu era louca no meu filhote. Ele era minha melhor versão.

Mãe babona temos.

Escovei meus dentes, dei uma olhada rápida nas redes sociais antes de dormir, coloquei o telefone

pra carregar em cima da mesinha ao lado da cama. Desliguei o abajur, me ajeitei na cama e Diego me

abraçou por trás formando uma conchinha.

Quando o Ben não passava a madrugada inteira chorando era alegria para nós, a noite de sono era

garantida.


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